O medo de errar, a pressão por resultados e o caminho do meio
- Daniel Franco
- 8 de abr.
- 4 min de leitura
Porque metas assustam e como torná-las parte da jornada de evolução
#Metas #Inovação #Liderança # Gestão # Inteligência Emocional

Existe uma pressão silenciosa (e às vezes bem barulhenta) rondando os times de inovação corporativa: a necessidade constante de gerar resultados rápidos, mensuráveis e transformadores.
Essa pressão vem de todos os lados. Da alta liderança que espera retorno, dos pares de outras áreas que ainda encaram a inovação como custo e da própria equipe, que vive no dilema entre a criatividade e a entrega.
Para profissionais menos experientes dentro desses times, essa pressão se transforma em algo mais delicado: o medo de assumir prazos e resultados. A sensação de que tudo precisa ser disruptivo, gerar impacto imediato, com uma narrativa perfeita desde o pitch até o rollout. E quando não acontece? Frustração, desmotivação e, às vezes, o abandono precoce de talentos com alto potencial.
Mas os gestores também sentem esse peso. Inovar dentro da estrutura de uma grande organização não é simples. Há expectativas de entrega trimestral, ciclos de OKRs, metas atreladas ao ROI, tudo isso em meio a experimentos, incertezas e aprendizados.
E é aí que muita gente se esquece de um princípio básico:
Metas não servem apenas para entregar. Servem também para desenvolver, engajar e inovar.
Então, como criar metas ousadas — que provoquem inovação real — mas que sejam alcançáveis e formativas para os talentos que estão construindo esse futuro com você?
Para quem lidera a inovação: como criar metas ambiciosas e possíveis?
Contextualize o impacto da meta no sistema maior
Metas não podem existir isoladas. Mostre como elas dialogam com a estratégia da empresa e como contribuem para a legitimidade da área de inovação.
Ajuste a ambição ao nível de maturidade do time
Uma equipe em fase de consolidação precisa de metas diferentes de uma que já domina processos de inovação aberta, design de soluções ou cultura ágil.
Co-crie com o time — especialmente com os mais jovens
Pessoas se comprometem com aquilo que ajudam a construir. A coautoria gera engajamento e responsabilidade genuína.
Fatie os desafios sem diluir o impacto
Divida grandes metas em ciclos de aprendizado e prototipagem. Permita avanços sem que o time se perca no escopo.
Troque microgestão por presença estratégica
Estar por perto, perguntando, desafiando e abrindo portas vale mais do que controlar planilhas. Especialmente em contextos onde o novo ainda não tem histórico.
Para os profissionais em formação: como encarar metas ousadas sem travar?
Questione antes de executar
Entender a origem, o propósito e o impacto esperado de uma meta é o primeiro passo para lidar com ela com segurança.
Desconstrua o medo com pequenos passos
Traduza a meta em entregas semanais. Isso reduz o peso e ajuda a manter a clareza diante do desconhecido.
Peça apoio estratégico, não apenas operacional
Procure mentoria, converse com pessoas de outras áreas, entenda o ecossistema. Isso te torna um(a) inovador(a) mais completo(a).
Teste rápido, aprenda mais rápido
Em ambientes de inovação, errar faz parte. Documente, compartilhe e transforme erros em inteligência coletiva.
Comunique com responsabilidade
Falar sobre desafios de forma clara e propositiva mostra maturidade e fortalece a confiança dentro da empresa.
E vale lembrar: meta boa também é meta SMART
Antes de sair distribuindo desafios com nome bonito e prazo apertado, vale a pena resgatar um velho (e bom) aliado da gestão: o conceito de metas SMART.
Mesmo em contextos de inovação, onde o desconhecido é parte do jogo, usar esse filtro ajuda a manter o time orientado:
S (Específica): a meta precisa ser clara e objetiva — nada de “fazer algo inovador” sem dizer o que ou por quê.
M (Mensurável): é preciso saber como medir o progresso, mesmo que com métricas de aprendizado nos primeiros ciclos.
A (Atingível): precisa ser desafiadora, mas dentro do campo do possível (com os recursos disponíveis e o tempo real).
R (Relevante): tem que fazer sentido dentro da estratégia da empresa ou do projeto.
T (Temporal): defina um prazo — e se possível, ciclos intermediários — para evitar que o desafio vire um monstro abstrato.
Em inovação, o SMART não engessa. Pelo contrário: ele traz clareza em meio ao caos criativo.
Em vez de metas que amedrontam, metas que formam
Metas podem ser sim grandes, ousadas, disruptivas. Mas não precisam ser desumanas.
Quando elas são construídas com empatia, alinhadas à estratégia e acompanhadas com inteligência emocional, viram uma alavanca poderosa — tanto para a inovação real quanto para o crescimento dos profissionais envolvidos.
No final, talvez a pergunta mais importante dentro dos programas de inovação corporativa não seja só:
“Que meta é essa?”, mas sim:
Que transformação essa meta pode gerar em mim, no time e no negócio?
Se você vive esse dilema entre resultado e desenvolvimento na sua empresa, compartilha aqui. Como você tem lidado com metas ousadas no contexto de inovação? Vamos trocar experiências?
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