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O Visionário ou o Louco?

O poder e o preço de ser o primeiro a ver o que ninguém viu


Por que ver mais longe pode ser solitário e como transformar isso em força.
Por que ver mais longe pode ser solitário e como transformar isso em força.

Você entra na reunião com o coração pulsando de entusiasmo. Traz uma análise clara, dados frescos e uma visão de futuro alinhada com o que acontece lá fora — inteligência artificial generativa, mudanças climáticas influenciando cadeias de suprimentos, jovens consumidores rejeitando marcas que não se posicionam socialmente. Você apresenta tudo. E a sala permanece em silêncio.


O líder do projeto ajusta os óculos. Alguém menciona que “sempre foi assim”. Outro diz que o cliente “não liga pra isso”. Você olha ao redor e se pergunta: “sou eu que estou errado… ou estou vendo algo que os outros ainda não conseguem?


Essa sensação tem nome. Pode ser um misto de isolamento cognitivo, dissonância estratégica ou, como bem descreveu a pesquisadora Brené Brown, o peso da vulnerabilidade de quem ousa dizer a verdade antes da maioria estar pronta para ouvi-la. Estamos vivendo um momento em que o mundo muda em velocidade de fibra ótica.


Em abril de 2025, a Comissão Europeia anunciou uma regulação pioneira que obriga empresas a divulgarem o impacto ambiental de seus algoritmos de IA. Nos EUA, uma pesquisa da McKinsey publicada em março revelou que 47% dos líderes seniores não se sentem preparados para conduzir transformações digitais em suas organizações. E isso não é necessariamente falta de habilidade — pode ser falta de disposição para encarar a incerteza. Isso não é simples nem é para qualquer um.


Quem vê antes, muitas vezes sofre mais.

Você não está delirando (mas é melhor checar)


Como sobreviver entre o delírio e a visão que não parece fazer sentido para os outros
Como sobreviver entre o delírio e a visão que não parece fazer sentido para os outros

É tentador pensar que o problema está nos outros. Às vezes está. Mas antes de abraçar a capa de mártir do progresso, considere estas perguntas:


  1. Você consegue explicar sua visão com simplicidade? Grandes ideias são invisíveis até se tornarem compreensíveis. Se ninguém entende, talvez a ideia precise de mais narrativa e menos complexidade.

  2. Você testou fora da bolha? Já conversou com um cliente, fornecedor, parceiro externo sobre o que está propondo? Às vezes, a evidência fora da bolha interna é o que torna a visão palatável internamente.

  3. Você ouve, ou só fala? Talvez os outros também vejam — só não da mesma forma, ou não com o mesmo vocabulário. O diferente pode ser complementar, não concorrente.

  4. Você está cuidando da sua saúde mental? Às vezes, nossa percepção está mesmo distorcida por excesso de carga, ansiedade ou idealização. Ter um terapeuta ou mentor de confiança ajuda a alinhar radar e realidade.

Como viver (e sobreviver) quando você é o único

1. Construa uma microtribo Não precisa ser a liderança nem a área inteira ou todos os seus parentes. Duas ou três pessoas que compartilham sua inquietação já bastam. Grandes transformações começam com pequenos círculos.

2. Use a “estratégia da semente” Em vez de tentar mudar tudo de uma vez, plante pequenas ideias e deixe-as germinar. Uma provocação num relatório, uma pergunta aberta numa reunião, um artigo enviado por e-mail. Isso fertiliza o terreno.

3. Crie provas de conceito silenciosas Mostre valor antes de pedir mudança. Uma planilha automatizada que poupa tempo. Um novo fornecedor que gera mais resultado. A evidência é mais forte que a opinião.

4. Proteja sua esperança com estratégia Você não precisa ser heroico o tempo todo. É legítimo descansar, realinhar rotas e até mudar de ambiente se for necessário. Não existe coragem sem limites — existe coragem com autocuidado.

Uma conclusão para quem ainda acredita

Se você enxerga o que ninguém vê, pode estar adiantado — e não errado. Toda inovação parece loucura até ser reconhecida como visão. Steve Jobs foi demitido da própria empresa antes de ser celebrado. Ada Lovelace foi ignorada por décadas antes de ser chamada de “a mãe da computação”. Muitos pioneiros começaram parecendo excêntricos. E terminaram sendo exemplos.

Continue plantando. Continue ouvindo. Continue explicando. Mas, acima de tudo, continue acreditando. Porque, como dizia Hannah Arendt: toda ação começa com uma palavra: coragem.”

E a sua visão pode ser exatamente a coragem que a sua organização ou empreendimento ainda não sabe que precisa.

Daniel Franco é um facilitador de ideias Especialista em comunicação, mentoria, novos negócios, desenvolvimento de profissionais e acredita que acreditar é o único meio de acreditarem em você.

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