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Entre a resiliência e a realidade

Atualizado: 26 de jul.

Como manter a leveza mesmo sendo testado a todo momento e até quando é preciso perder com dignidade

Genialidade ou loucura? Só colocando em prática em várias ocasiões para saber.
Genialidade ou loucura? Só colocando em prática em várias ocasiões para saber.

A lição que carrego desde a infância

Desde pequeno, carrego comigo o 8º artigo da lei escoteira:

"O escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades".

Essa frase não é apenas uma lembrança nostálgica da minha infância; tornou-se meu código de ética pessoal, um modelo mental que me guia há décadas. E posso dizer com honestidade: tem funcionado.


Seja em um temporal inesperado que transformou um passeio muito esperado na maior furada — lotado de gente, chuva e sorvete caindo no chão, ou mesmo na dor de perder minha mãe… sorrir foi sempre meu ponto de partida. Falar coisas engraçadas no velório dela não foi desespero, nem falta de respeito. Mas para honrar a alegria que ela carregava e me ensinou a cultivar. Ela me ensinou que alegria é uma forma de coragem.


Essa filosofia tem sido minha panaceia universal — termo que vem da mitologia grega, referindo-se a um remédio capaz de curar todos os males. E de fato, o sorriso parece funcionar para tudo: desde pequenos contratempos até grandes tragédias.

Tanto que já usei duas vezes "Rir é o melhor remédio" como tema das minhas festas de aniversário. Há algo profundamente libertador em escolher o sorriso como primeira resposta às adversidades.

A persistência do otimismo como técnica de sobrevivência

Mas não se engane: sorrir nas dificuldades não é ingenuidade. É uma forma sofisticada de persistência emocional. É a recusa deliberada de permitir que as circunstâncias externas definam nosso estado interno. É um ato de rebeldia contra a tendência natural de se deixar abater.


Essa “teimosia otimista” funciona como primeiros socorros emocionais. O sorriso não resolve, mas te dá tempo para respirar e encontrar solução. É como um curativo improvisado: não cura, mas segura a onda enquanto você busca o que realmente vai resolver.


E sim, somos testados o tempo todo. No trânsito, na empresa, nas relações, nos boletos, na vida. É uma sequência infinita de provações pequenas e grandes. E nessa dinâmica, o sorriso vira uma escolha estratégica: ou você se desespera ou tenta seguir em frente com dignidade — mesmo quando perde.

O limite da panaceia: como todo remédio, o sorriso tem contraindicações.

Às vezes, o que você precisa não é sorrir — é chorar, se afastar, ficar em silêncio. Processar o luto. Sentir a situação na sua totalidade. Ser humano, inteiro.


O problema começa quando transformamos o sorriso numa armadura. Quando ele vira máscara. Quando fingimos estar bem por fora e ignoramos as rachaduras por dentro. Aí o sorriso, ao invés de cura, se torna barreira.

O desafio profissional: sorrindo na Economia 4.0

Essa reflexão ganha urgência no contexto profissional atual. Vivemos numa economia 4.0 onde a única constante é a mudança. Automação, inteligência artificial, trabalho remoto, gig economy - tudo contribui para um mercado de trabalho cada vez mais volátil e incerto.


A economia mundial parece sempre pronta a sair do eixo, e profissionais se veem constantemente precisando se reinventar.

Nesse cenário, sorrir nas dificuldades pode ser tanto uma vantagem competitiva quanto uma armadilha.

De um lado, quem mantém otimismo e resiliência se adapta melhor, lidera melhor, entrega mais. De outro, a pressão pra estar sempre bem pode explodir em burnout, em negação, em invisibilização de problemas sérios.

Encontrando o equilíbrio pessoal

A chave está no equilíbrio. Sorrir nas dificuldades não significa negar a realidade, mas escolher como responder a ela. É reconhecer que, embora não possamos controlar o que acontece conosco, podemos influenciar nossa reação.


Na vida profissional, isso se traduz em:

  • Aceitar que nem todo dia é bom, mas sempre tem algo pelo qual ser grato

  • Permitir-se sentir tristeza sem se afogar nela

  • Usar o humor como conexão, não como disfarce


  • Reconhecer a hora de pedir ajuda, sem culpa nem medo

  • E sim: perder com dignidade também é uma forma de vencer

Conclusão: a sabedoria do sorriso consciente

Aquele garoto escoteiro que prometeu "sorrir nas dificuldades" estava certo. Amadureceu e comprovou que o sorriso é sim um remédio poderoso, mas como qualquer medicamento, precisa ser usado na dose certa e associado com outros tratamentos. Como, por exemplo, o 1º artigo da lei do escoteiro que é "ser honrado e digno de confiança."

Ser verdadeiro com os outros a começar consigo mesmo e aceitar quando o desconforto é verdadeiramente uma dor e precisa ser tratada. Faz muito bem à mente, aocoração e ao corpo.

Em tempos de incerteza econômica e mudanças aceleradas, nossa capacidade de manter o otimismo se torna um superpoder. Mas é um superpoder que deve ser temperado com realismo, empatia e autocompaixão.


O verdadeiro desafio não é sorrir sempre. É entender que a alegria não é a ausência de problemas, mas a presença de esperança diante deles. E talvez, só talvez, seja exatamente isso que aquele oitavo artigo da lei escoteira sempre quis dizer: não sorria porque não há dificuldades, mas sorria porque há sempre uma possibilidade de superá-las. Comente abaixo como isso funciona na sua vida.


"Há um menino, há um moleque morando dentro do meu coração. Toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar a mão."

Milton Nascimento


Daniel Franco é um facilitador de ideias Especialista em comunicação, mentoria, novos negócios, desenvolvimento de profissionais e um hipocondríaco quando os remédios são: alegria, fé, otimismo, determinação e amor.

  

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