Já se sentiu pior depois de um “conselho”?
- Daniel Franco
- 20 de mai.
- 3 min de leitura
Uma nova forma de ajudar e se deixar ser ajudado.
Tem gente que aparece na nossa vida — ou até naquela reunião de equipe — só pra repetir o famoso “você tem que…”. Você tem que mudar de emprego. Você tem que acordar mais cedo. Você tem que se posicionar melhor na empresa. Tem que, tem que, tem que. E, no fim, quem repete tanto o “tem que” quase nunca estende a mão pra caminhar junto.
Esse texto é pra você — sim, você mesmo — em qualquer uma das três situações abaixo. Mas, atenção: não é um dedo apontado. É um convite. Porque, às vezes, tudo que a gente precisa é trocar o “você tem que” por um simples “que tal fazermos assim?”. Quem nunca? É claro meus amigos que eu mesmo caio nessa se não me vigiar. Por vezes, vontade demais em ajudar dá nisso, uai!! KKK esse próprio artigo talvez já seja isso🙈. Mas, vá confie !
1. Se você está cansado de ouvir o “tem que” de quem nunca ajuda
Talvez você esteja vivendo aquele cansaço de escutar conselhos que mais parecem ordens — seja em casa, no trabalho ou até de um colega bem-intencionado.
E ainda vindo de quem não move um dedo pra ajudar de verdade. Você não está sozinho. Esse tipo de cobrança desanima, cansa, gera insegurança — e pode contaminar o clima até de um ambiente profissional saudável.
Mas e se, ao invés de entrar na defensiva ou guardar mágoa, você olhasse para si e pensasse: Quem eu posso ouvir de verdade? Quem está do meu lado pra valer, sem julgamento?
Escolher quem vai nos influenciar é um ato de autonomia. Não rejeite todo conselho, só porque ele veio em uma embalagem ruim. Às vezes, é só o jeito da pessoa — e dá para explicar com carinho a outra pessoa, que existem formas melhores de apoiar.
2. Se você é do tipo cabeça dura (e sabe disso)
Tem um ditado que diz:
“Saber ouvir é uma das formas mais nobres de inteligência emocional.”
E aqui, a pergunta é: Você realmente escuta quem se preocupa com você? Ou automaticamente rebate, com medo de parecer frágil ou de admitir que talvez tenha algo a melhorar — especialmente diante da sua liderança ou equipe?
A verdade é que quem nos conhece de verdade pode enxergar coisas que a gente mesmo não vê. A resistência pode ser só um escudo contra o desconforto de mudar.
Mas que tal baixar a guarda?
Que tal, em vez de responder com “eu sei”, tentar dizer: “Me conta mais sobre isso?”
Humildade não é sinal de fraqueza. É sinal de sabedoria — inclusive no trabalho. Aceitar ajuda, escutar de coração aberto, é o caminho mais curto para crescer — e crescer bem acompanhado.
3. E se for você o “arquiteto de obra pronta”?
Se você vive dizendo “se fosse comigo, eu faria diferente”, ou sente a tentação de consertar a vida dos outros — ou o desempenho do time — com fórmulas prontas, talvez esse trecho seja pra você.
É ótimo querer ajudar. Mas é ainda mais poderoso quando essa ajuda vem com presença, não só com palavras.
A vida (e a rotina profissional) de cada pessoa tem seu tempo, suas dores e seus aprendizados. Quem chega com o “você tem que” pode, sem querer, parecer arrogante ou desconectado da realidade do outro.
Agora, imagine se você dissesse:
“Que tal fazermos assim?” ou “Posso te ajudar de alguma forma com isso?”
A diferença é enorme. Sai o julgamento, entra o apoio. Sai o ego, entra a empatia.
Conclusão: Cuidar não é cobrar. É caminhar junto.
Seja você quem escuta, quem resiste ou quem fala demais — sempre há espaço para mais escuta, mais leveza e mais presença. No trabalho, na família, no grupo de amigos — todos os contextos pedem mais cuidado e menos imposição.
O Experimente-se acredita que todo relacionamento saudável (no time, na liderança, na amizade) começa com a troca genuína. Menos “você tem que”, mais “que tal fazermos assim?”
Vamos juntos nessa?
Daniel Franco é um facilitador de ideias Especialista em comunicação, mentoria, novos negócios, desenvolvimento de profissionais e que escreveu este artigo por também precisar ficar muito alerta para não cair na tentação do "você tem que"!
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