Como inovar sem laboratório futurista, sem budget e sem pedir desculpas
- Daniel Franco
- há 12 minutos
- 2 min de leitura
Depois de tantos anos, ainda acho mágico conseguir colocar “Estratégia – Inovação – Corporação” na mesma frase. Talvez seja exatamente por isso que continuo achando essa atividade um desafio delicioso, porque a gente fracassa lindamente todo dia tentando. No fundo, é como equilibrar criatividade, governança e visão de futuro numa mesma xícara de café forte: sempre transborda um pouco, queima a nossa mão, a língua por falar demais e deixa a gente ligado mesmo à noite pensando em como colocar a estratégia em prática.
Mas quando funciona (e às vezes não funciona mesmo), dá aquela sensação de que estamos movendo a empresa do PowerPoint para a vida real — ou pelo menos justificando o fracasso de um jeito que faz sentido e abre espaço para tentar de novo.
2026: o ano de assumir sua pequena rebeldia estratégica
Se tem um momento perfeito pra começar a praticar Estratégia de Inovação Corporativa no trabalho, é agora. Ano novo é tipo planilha em branco: promete muito, entrega menos, mas dá esperança. E inovar não é glamour — é carpintaria. É o ato diário de apertar parafusos invisíveis, testar hipóteses que ninguém pediu e evitar PPTs que envelhecem mais rápido que moda de TikTok.
Pequenas loucuras sensatas para sobreviver ao ano
Quer começar leve?
Questione processos sagrados que ninguém lembra por que existem.
Prefira pilotos pequenos a projetos épicos que morrem antes da ata.
Faça perguntas que salvam tempo, ego e café.
Crie métricas simples para separar “funcionou” de “pareceu legal no Outlook”.
Esses pequenos gestos já transformam 2026 num ano mais estratégico que a média dos últimos cinco.
A promessa real: menos teatro, mais impacto
Praticar inovação corporativa é criar clareza onde reina confusão e direção antes que a urgência vire caos. É juntar gente, montar sentido e entregar valor sem parecer que estamos tentando reinventar a NASA. E quando dá errado — e vai dar — você ganha musculatura, humor e histórias que rendem cafés melhores do que os resultados.
Fechando o ano antes de ele começar
Meu desejo pra você em 2026: coragem para as ideias disruptivas, paciência para os processos espinhosos e humor pra todo o resto. Faça a inovação antes que o ano engavete você.
Daniel Franco é um estrategista de inovação corporativa. Especialista em comunicação, mentoria, negócios, desenvolvimento de profissionais que consegue fazer perguntas óbvias em reuniões e sair vivo delas — até porque o óbvio não existe... mas aí é outro assunto.
Referências interessantes
CHRISTENSEN, Clayton M. O dilema da inovação: quando as novas tecnologias levam empresas ao fracasso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
KIM, W. Chan; MAUBORGNE, Renée. A estratégia do oceano azul: como criar novos mercados e deixar a concorrência para trás. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
LALOUX, Frederic. Reinventando as organizações: um guia para criar organizações inspiradas no próximo estágio da consciência humana. Paris: Éditions Diateino, 2014.
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